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O estudo das Pginas sagradas deve ser como que a "alma" da sagrada teologia. Tambm o ministrio da Palavra, isto , a pregao pastoral, a catequese, e toda a espcie de instruo crist, na qual a homilia litrgica deve ter um lugar principal, com proveito se alimenta e santamente se revigora com a palavra da Escritura A Igreja exorta com ardor e insistncia todos os fiis [ Porque "a ignorncia das Escrituras ignorncia de Cristo" Omnis Scriptura divina unus liber est, et ille unus liber Christus est, quia omnis Scriptura divina de Christo loquitur; et omnis Scriptura divina in Christo impletur Toda a Escritura divina um s livro, e esse livro nico Cristo, porque toda a Escritura divina fala de Cristo e toda a Escritura divina se cumpre em Cristo Deus o autor da Sagrada Escritura, ao inspirar os seus autores humanos: age neles e por eles.

E assim nos d a garantia de que os seus escritos ensinam, sem erro, a verdade da salvao A interpretao das Escrituras inspiradas deve, antes de mais nada, estar atenta ao que Deus quer revelar, por meio dos autores sagrados, para nossa salvao. O que vem do Esprito no plenamente entendido seno pela aco do Esprito A Igreja recebe e venera, como inspirados, os 46 livros do Antigo e os 27 do Novo Testamento. A unidade dos dois Testamentos deriva da unidade do plano de Deus e da sua Revelao.

Os dois esclarecem-se mutuamente; ambos so verdadeira Palavra de Deus. A Igreja sempre venerou as Divinas Escrituras, tal como o prprio Corpo do Senhor ambos alimentam e regem toda a vida crist. A vossa Palavra farol para os meus passos e luz para os meus caminhos Sl , IV, Orao eucarstica IV: Missal Romano, editio typica.

Typis Polyglottis Vaticanis. Sexta-Feira da Paixo do Senhor. Orao universal VI: Missale Romanum. Typis Polyglottis Vaticanis , p. Grfica de Coimbra Lumen Gentium, AAS 57 II Conclio do Vaticano, Decr. Unitatis redintegratio, AAS 57 Gaudium et spes, AAS 58 cf. Unitatis redintegratio, 4: AAS 57 Dei Verbum, AAS 58 Leclercq H. Rochais, V.

Paris , p. Commentarius in epistulam ad Galatas I 1, PL Santo Agostinho, Contra Epistulam Manichaei quam vocant fundamenti 5. Decretum de Libris Sacris et de traditionibus recipiendis: DS Edies do Carmelo p. Dei Verbum, AAS 58 cf. Pela sua revelao, Deus invisvel, na riqueza do seu amor, fala aos homens como amigos e convive com eles, para os convidar e admitir comunho com Ele 1.

A resposta adequada a este convite a f. Pela f, o homem submete completamente a Deus a inteligncia e a vontade; com todo o seu ser, o homem d assentimento a Deus revelador 2.

A Sagrada Escritura chama obedincia da f a esta resposta do homem a Deus revelador 3. Obedecer ob-audire na f submeter-se livremente palavra escutada, por a sua verdade ser garantida por Deus, que a prpria verdade. Desta obedincia, o modelo que a Sagrada Escritura nos prope Abrao. A sua realizao mais perfeita a da Virgem Maria.

A Epstola aos Hebreus, no grande elogio que faz da f dos antepassados, insiste particularmente na f de Abrao: Pela f, Abrao obedeceu ao chamamento de Deus, e partiu para uma terra que viria a receber como herana: partiu, sem saber para onde ia Heb11, 8 4. Pela f, viveu como estrangeiro e peregrino na terra prometida 5. Pela f, Sara recebeu a graa de conceber o filho da promessa. Pela f, finalmente, Abrao ofereceu em sacrifcio o seu filho nico 6.

Abrao realiza assim a definio da f dada pela Epstola aos Hebreus: A f constitui a garantia dos bens que se esperam, e a prova de que existem as coisas que no se vem Heb11, 1. Abrao acreditou em Deus, e isto foi-lhe atribudo como justia Rm 4, 3 7. Fortalecido por esta f Rm 4, 20 , Abrao tornou-se o pai de todos os crentes Rm 4, O Antigo Testamento rico em testemunhos desta f. A Epstola aos Hebreus faz o elogio da f exemplar dos antigos, que lhes valeu um bom testemunho Heb 11, 2.

No entanto, para ns, Deus previra destino melhor: a graa de crer no seu Filho Jesus, guia da nossa f, que Ele leva perfeio Heb 11, 40; 12, 2. A Virgem Maria realiza, do modo mais perfeito, a obedincia da f. Na f, Maria acolheu o anncio e a promessa trazidos pelo anjo Gabriel, acreditando que a Deus nada impossvel Lc 1, 37 9 e dando o seu assentimento: Eis a serva do Senhor, faa-se em mim segundo a tua palavra Lc 1, Isabel saudou-a: Feliz aquela que acreditou no cumprimento de quanto lhe foi dito da parte do Senhor Lc 1, Durante toda a sua vida e at ltima provao 11 , quando Jesus, seu filho, morreu na cruz, a sua f jamais vacilou.

Maria nunca deixou de crer no cumprimento da Palavra de Deus. Por isso, a Igreja venera em Maria a mais pura realizao da f. Antes de mais, a f uma adeso pessoal do homem a Deus. Ao mesmo tempo, e inseparavelmente, o assentimento livre a toda a verdade revelada por Deus. Enquanto adeso pessoal a Deus e assentimento verdade por Ele revelada, a f crist difere da f numa pessoa humana. Seria vo e falso ter semelhante f numa criatura Para o cristo, crer em Deus crer inseparavelmente n'Aquele que Deus enviou no seu Filho muito amado em quem Ele ps todas as suas complacncias 13 : Deus mandou-nos que O escutssemos No possvel acreditar em Jesus Cristo sem ter parte no seu Esprito.

O Esprito penetra todas as coisas, at o que h de mais profundo em Deus [ Ningum conhece o que h em Deus seno o Esprito de Deus 1 Cor 2, Ns cremosno Esprito Santo, porque Ele Deus. Quando Pedro confessa que Jesus o Cristo, o Filho do Deus vivo, Jesus declara-lhe que esta revelao no lhe veio da carne nem do sangue, mas do seu Pai que est nos Cus Mt 16, 17 A f um dom de Deus, uma virtude sobrenatural infundida por Ele.

Para prestar esta adeso da f, so necessrios a prvia e concomitante ajuda da graa divina e os interiores auxlios do Esprito Santo, o qual move e converte o corao para Deus, abre os olhos do entendimento, e d "a todos a suavidade em aceitar e crer a verdade" O acto de f s possvel pela graa e pelos auxlios interiores do Esprito Santo.

Mas no menos verdade que crer um acto autenticamente humano. No contrrio nem liberdade nem inteligncia do homem confiar em Deus e aderir s verdades por Ele reveladas. Mesmo nas relaes humanas, no contrrio nossa prpria dignidade acreditar no que outras pessoas nos dizem acerca de si prprias e das suas intenes, e confiar nas suas promessas como, por exemplo, quando um homem e uma mulher se casam , para assim entrarem em mtua comunho.

Por isso, ainda menos contrrio nossa dignidade prestar, pela f, submisso plena da nossa inteligncia e da nossa vontade a Deus revelador 18 e entrar assim em comunho intima com Ele. Na f, a inteligncia e a vontade humanas cooperam com a graa divina: Credere est actas intellectus assentientis veritati divinae ex imperio voluntatis, a Deo motae per gratiam Crer o acto da inteligncia que presta o seu assentimento verdade divina, por determinao da vontade, movida pela graa de Deus O motivo de crer no o facto de as verdades reveladas aparecerem como verdadeiras e inteligveis luz da nossa razo natural.

Ns cremos por causa da autoridade do prprio Deus revelador, que no pode enganar-se nem enganar- nos Contudo, para que a homenagem da nossa f fosse conforme razo, Deus quis que os auxlios interiores do Esprito Santo fossem acompanhados de provas exteriores da sua Revelao A f certa, mais certa que qualquer conhecimento humano, porque se funda na prpria Palavra de Deus, que no pode mentir.

Sem dvida, as verdades reveladas podem parecer obscuras razo e experincia humanas; mas a certeza dada pela luz divina maior do que a dada pela luz da razo natural Dez mil dificuldades no fazem uma s dvida A f procura compreender 27 : inerente f o desejo do crente de conhecer melhor Aquele em quem acreditou, e de compreender melhor o que Ele revelou; um conhecimento mais profundo exigir, por sua vez, uma f maior e cada vez mais abrasada em amor.

A graa da f abre os olhos do corao Ef 1, 18 para uma inteligncia viva dos contedos da Revelao, isto , do conjunto do desgnio de Deus e dos mistrios da f, da ntima conexo que os Liga entre si e com Cristo, centro do mistrio revelado. Ora, para que a compreenso da Revelao seja cada vez mais profunda, o mesmo Esprito Santo aperfeioa sem cessar a f, mediante os seus dons Assim, conforme o dito de Santo Agostinho, eu creio para compreender e compreendo para crer melhor F e cincia.

Muito embora a f esteja acima da razo, nunca pode haver verdadeiro desacordo entre ambas: o mesmo Deus, que revela os mistrios e comunica a f, tambm acendeu no esprito humano a luz da razo. E Deus no pode negar-Se a Si prprio, nem a verdade pode jamais contradizer a verdade Mais ainda: aquele que se esfora, com perseverana e humildade, por penetrar no segredo das coisas, como que conduzido pela mo de Deus, que sustenta todos os seres e faz que eles sejam o que so, mesmo que no tenha conscincia disso Para ser humana, a resposta da f, dada pelo homem a Deus, deve ser voluntria.

Por conseguinte, ningum deve ser constrangido a abraara f contra vontade. Efectivamente, o acto de f voluntrio por sua prpria natureza E certo que Deus chama o homem a servi-Lo em esprito e verdade; mas, se verdade que este apelo obriga o homem em conscincia, isso no quer dizer que o constranja [ Isto foi evidente, no mais alto grau, em Jesus Cristo De facto, Cristo convidou f e converso, mas de modo nenhum constrangeu algum.

Deu testemunho da verdade, mas no a imps pela fora aos seus contraditores. O seu Reino [ Para obter a salvao necessrio acreditar em Jesus Cristo e n'Aquele que O enviou para nos salvar Porque "sem a f no possvel agradar a Deus" Heb 11, 6 e chegar a partilhar a condio de filhos seus; ningum jamais pode justificar-se sem ela e ningum que no "persevere nela at ao fim" Mt 10, 22; 24, 13 poder alcanar a vida eterna A f um dom gratuito de Deus ao homem.

Mas ns podemos perder este dom inestimvel. Paulo adverte Timteo a respeito dessa possibilidade: Combate o bom combate, guardando a f e a boa conscincia; por se afastarem desse princpio que muitos naufragaram na f 1 Tm 1, Para viver, crescer e perseverar at ao fim na f, temos de a alimentar com a Palavra de Deus; temos de pedir ao Senhor que no-la aumente 37 ; ela deve agir pela caridade Gl 5, 6 38 , ser sustentada pela esperana 39 e permanecer enraizada na f da Igreja.

A f faz que saboreemos, como que de antemo, a alegria e a luz da viso beatifica, termo da nossa caminhada nesta Terra. Ento veremos Deus face a face 1 Cor 13, 12 , tal como Ele 1 Jo 3, 2. A f, portanto, j o princpio da vida eterna:. Enquanto, desde j, contemplamos os benefcios da f, como reflexo num espelho, como se possussemos j as maravilhas que a nossa f nos garante havermos de gozar um dia Por enquanto porm, caminhamos pela f e no vemos claramente 2 Cor 5, 7 , e conhecemos Deus como num espelho, de maneira confusa, [ Luminosa por parte d'Aquele em quem ela cr, a f muitas vezes vivida na obscuridade, e pode ser posta prova.

O mundo em que vivemos parece muitas vezes bem afastado daquilo que a ,f nos diz: as experincias do mal e do sofrimento, das injustias e da morte parecem contradizer a Boa-Nova, podem abalar a f e tornarem-se, em relao a ela, uma tentao. A f um acto pessoal, uma resposta livre do homem proposta de Deus que Se revela. Mas no um acto isolado. Ningum pode acreditar sozinho, tal como ningum pode viver s.

Ningum se deu a f a si mesmo, como ningum a si mesmo se deu a vida. Foi de outrem que o crente recebeu a f; a outrem a deve transmitir. O nosso amor a Jesus e aos homens impele-nos a falar aos outros da nossa f. Cada crente , assim, um elo na grande cadeia dos crentes. No posso crer sem ser amparado pela f dos outros, e pela minha f contribuo tambm para amparar os outros na f.

Eu creio 44 : a f da Igreja, professada pessoalmente por cada crente, principalmente por ocasio do Baptismo. Ns cremos 45 : a f da Igreja, confessada pelos bispos reunidos em Conclio ou, de modo mais geral, pela assembleia litrgica dos crentes. Eu creio: tambm a Igreja, nossa Me, que responde a Deus pela sua f e nos ensina a dizer: Eu creio, Ns cremos. Com ela e nela, tambm ns somos atrados e levados a confessar: Eu creio, Ns cremos.

E ele responde: A f. Para que te serve a f? Para alcanar a vida eterna A salvao vem s de Deus. Mas porque atravs da Igreja que recebemos a vida da f, a Igreja nossa Me. Cremos que a Igreja como que a me do nosso novo nascimento, mas no cremos na Igreja como se ela fosse a autora da nossa salvao No acreditamos em frmulas, mas sim nas realidades que as frmulas exprimem e que a f nos permite tocar.

O acto [de f] do crente no se detm no enunciado, mas na realidade [enunciada] No entanto, atravs das frmulas da f que nos aproximamos dessas realidades. As frmulas permitem-nos exprimir e transmitir a f, celebr-la em comunidade, assimil-la e dela viver cada vez mais. A Igreja, que coluna e apoio da verdade 1 Tm 3, 15 , guarda fielmente a f transmitida aos santos de uma vez por todas Tal como uma me ensina os seus filhos a falar e, dessa forma, a compreender e a comunicar, a Igreja, nossa Me, ensina-nos a linguagem da f, para nos introduzir na inteligncia e na vida da f.

Desde h sculos, atravs de tantas lnguas, culturas, povos e naes, a Igreja no cessa de confessar a sua f nica, recebida de um s Senhor, transmitida por um s Baptismo, enraizada na convico de que todos os homens tm apenas um s Deus e Pai Santo Ireneu de Lio, testemunha desta f, declara:.

A Igreja, embora dispersa por todo o mundo at aos confins da Terra, tendo recebido dos Apstolos e dos seus discpulos a f, [ Atravs do mundo, as lnguas diferem: mas o contedo da Tradio um s e o mesmo. Nem as Igrejas estabelecidas na Germania tm outra f ou outra tradio, nem as que se estabeleceram entre os Iberos ou entre os Celtas, as do Oriente, do Egipto ou da Lbia, nem as que se fundaram no centro do mundo A mensagem da Igreja verdica e slida, porque nela aparece um s e o mesmo caminho de salvao, em todo o mundo Esta f, que recebemos da Igreja, guardamo-la ns cuidadosamente, porque sem cessar, sob a aco do Esprito de Deus, tal como um depsito de grande valor encerrado num vaso excelente, ela rejuvenesce e faz rejuvenescer o prprio vaso que a contm A f uma adeso pessoal, do homem todo, a Deus que Se revela.

Comporta uma adeso da inteligncia e da vontade Revelao que Deus fez de Si mesmo, pelas suas aces e palavras. Crer tem, pois, uma dupla referncia: pessoa e verdade; verdade, pela confiana na pessoa que a atesta. A f um dom sobrenatural de Deus. Para crer, o homem tem necessidade dos auxlios interiores do Esprito Santo. Crer um acto humano, consciente e livre, que est de acordo com a dignidade da pessoa humana. Crer um acto eclesial. A f da Igreja precede, gera, suporta e nutre a nossa f.

A Igreja a Me de todos os crentes. Ningum pode ter a Deus por Pai, se no tiver a Igreja por Me Ns cremos em tudo quanto est contido na Palavra de Deus, escrita ou transmitida, e que a Igreja prope nossa f como divinamente revelado A f necessria para a salvao. O prprio Senhor o afirma: Quem acreditar e for baptizado salvar-se-, mas quem no acreditar ser condenado Mc 16, So Toms de Aquino. Summa theologiae II-II.

IConclio Vaticano, Const. Santo Anselmo da Canturia, Proslogion. Prooemium: Opera omnia, ed. II Conclio Vaticano, Decl. Dignitatis humanae, AAS 58 ; cf. CIC cn. Dei Filius, c 3: DS ; cf. Conclio de Trento, Sess. Rm 15, Iniciao crist dos adultos, So Toms de Aquino, Compendium theologiae, 1, 2: Ed.

DS Quem diz Creio afirma: dou a minha adeso quilo em que ns cremos. A comunho na f tem necessidade duma linguagem comum da f, normativa para todos e a todos unindo na mesma confisso de f. Desde a origem, a Igreja apostlica exprimiu e transmitiu a sua prpria f em frmulas breves e normativas para todos 1.

Mas bem cedo a Igreja quis tambm recolher o essencial da sua f em resumos orgnicos e articulados, destinados sobretudo aos candidatos ao Baptismo. Esta sntese da f no foi feita segundo as opinies humanas: mas recolheu-se de toda a Escritura o que nela h de mais importante, para apresentar na integra aquilo e s aquilo que a f ensina.

E, tal como a semente de mostarda contm, num pequeno gro, numerosos ramos, do mesmo modo este resumo da f encerra em algumas palavras todo o conhecimento da verdadeira piedade contido no Antigo e no Novo Testamento 2. A estas snteses da f chamamos-lhes profisses de f, porque resumem a f professada pelos cristos.

Chamamos-lhes Credo, pelo facto de elas normalmente comearem pela palavra: Creio. Igualmente lhes chamamos smbolos da f. A palavra grega symbolon significava a metade dum objecto partido por exemplo, um selo , que se apresentava como um sinal de identificao. As duas partes eram justapostas para verificar a identidade do portador. O smbolo da f , pois, um sinal de identificao e de comunho entre os crentes. Symbolon tambm significa resumo, colectnea ou sumrio. O smbolo da f o sumrio das principais verdades da f.

Por isso, serve de ponto de referncia primrio e fundamental da catequese. A primeira profisso de f faz-se por ocasio do Baptismo. O smbolo da f , antes de mais nada, o smbolo baptismal. E uma vez que o Baptismo conferido em nome do Pai e do Filho e do Esprito Santo Mt 28, 19 , as verdades da f professadas por ocasio do Baptismo articulam-se segundo a sua referncia s trs pessoas da Santssima Trindade.

So estes os trs captulos do nosso selo [baptismal] 4. O Smbolo est estruturado em trs partes [ Segundo uma comparao frequentemente empregada pelos Padres, chamamos-lhes artigos. De facto, assim como nos nossos membros h certas articulaes que os distinguem e separam, do mesmo modo, nesta profisso de f, foi com razo e propriedade que se deu o nome de artigos s verdades que devemos crer em particular e de modo distinto 5.

Segundo uma antiga tradio, j atestada por Santo Ambrsio, costume enumerar doze artigos do Credo, simbolizando, com o nmero dos doze Apstolos, o conjunto da f apostlica 6. Foram numerosas, ao longo dos sculos, e correspondendo sempre s necessidades das diferentes pocas, as profisses ou smbolos da f: os smbolos das diferentes Igrejas apostlicas e antigas 7 , o smbolo Quicumque, chamado de Santo Atansio 8 , as profisses de f de certos conclios Toledo 9 ; Latro 10 : Lio 11 Trento 12 ou de certos papas, como a Fides Damasi 13 ou o Credo do Povo de Deus, de Paulo VI Nenhum dos smbolos dos diferentes perodos da vida da Igreja pode ser considerado ultrapassado ou intil.

Todos nos ajudam a abraar e a aprofundar hoje a f de sempre, atravs dos diversos resumos que dela se fizeram. Entre todos os smbolos da f, h dois que tm um lugar muito especial na vida da Igreja:. O Smbolo dos Apstolos, assim chamado porque se considera, com justa razo, o resumo fiel da f dos Apstolos.

A sua grande autoridade vem-lhe deste facto: o smbolo adoptado pela Igreja romana, aquela em que Pedro, o primeiro dos Apstolos, teve a sua ctedra, e para a qual ele trouxe a expresso da f comum O Smbolo dito de Niceia-Constantinopla deve a sua grande autoridade ao facto de ser proveniente desses dois primeiros conclios ecumnicos dos anos de e Ainda hoje continua a ser comum a todas as grandes Igrejas do Oriente e do Ocidente.

A exposio da f, que vamos fazer, seguir o Smbolo dos Apstolos, que constitui, por assim dizer, o mais antigo catecismo romano. Entretanto, a nossa exposio ser completada por constantes referncias ao Smbolo Niceno- Constantinopolitano, muitas vezes mais explcito e pormenorizado. E tambm entrar em comunho com toda a Igreja, que nos transmite a f e em cujo seio ns acreditamos:.

Este Smbolo o selo espiritual [ So Cirilo de Jerusalm, Catechese illuminandorum 5, Opera, v. Reischl Monaci , p. O Credo comea por Deus Pai, porque o Pai a Primeira Pessoa divina da Santssima Trindade; o nosso Smbolo comea pela criao do cu e da terra, porque a criao o princpio e o fundamento de todas as obras de Deus. Creio em Deus: esta a primeira afirmao da profisso de f e tambm a mais fundamental.

Todo o Smbolo fala de Deus; ao falar tambm do homem e do mundo, f-lo em relao a Deus. Os artigos do Credo dependem todos do primeiro, do mesmo modo que todos os mandamentos so uma explicitao do primeiro. Os outros artigos fazem-nos conhecer melhor a Deus, tal como Ele progressivamente Se revelou aos homens. Os fiis professam, antes de mais nada, crer em Deus 1. A confisso da unicidade de Deus, que radica na Revelao divina da Antiga Aliana, inseparvel da confisso da existncia de Deus e to fundamental como ela.

Deus nico; no h seno um s Deus: A f crist cr e professa que h um s Deus, por natureza, por substncia e por essncia 2. O Senhor, nosso Deus, o nico Senhor. Amars o Senhor, teu Deus, com todo o teu corao, com toda a tua alma e com todas as tuas foras Dt 6, Por meio dos profetas, Deus faz apelo a Israel e a todas as naes para que se voltem para Ele, o nico: Voltai-vos para Mim, e sereis salvos, todos os confins da terra, porque Eu sou Deus e no h outro [ E diro: "S no Senhor existem a justia e o poder" Is 45, 3.

O prprio Jesus confirma que Deus o nico Senhor, e que necessrio am-Lo com todo o corao, com toda a alma, com todo o entendimento e com todas as foras 4.

Ao mesmo tempo, d a entender que Ele prprio o Senhor 5. Confessar que Jesus o Senhor prprio da f crist. Isso no vai contra a f num Deus nico. Pai e Filho e Esprito Santo: trs Pessoas, mas uma s essncia, uma s substncia ou natureza absolutamente simples 6.

Deus revelou-Se ao seu povo Israel, dando-lhe a conhecer o seu nome. O nome exprime a essncia, a identidade da pessoa e o sentido da sua vida. Deus tem um nome. No uma fora annima.

Dizer o seu nome dar-Se a conhecer aos outros; , de certo modo, entregar-Se a Si prprio, tornando-Se acessvel, capaz de ser conhecido mais intimamente e de ser invocado pessoalmente.

Deus revelou-Se progressivamente e sob diversos nomes ao seu povo; mas foi a revelao do nome divino feita a Moiss na teofania da sara ardente, no limiar do xodo e da Aliana do Sinai, que se imps como sendo a revelao fundamental, tanto para a Antiga como para a Nova Aliana.

Do meio duma sara que arde sem se consumir, Deus chama por Moiss. Deus o Deus dos antepassados, Aquele que tinha chamado e guiado os patriarcas nas suas peregrinaes. Ele vem para libertar da escravido os seus descendentes. Moiss disse a Deus: Vou ento procurar os filhos de Israel e dizer-lhes: " O Deus de vossos pais enviou-me a vs". Mas se me perguntarem qual o seu nome, que hei-de responder-lhes? Deus disse a Moiss: Eu sou Aquele que sou. E prosseguiu: Assim falars aos filhos de Israel: Aquele que tem por nome "Eu sou" que me enviou a vs [ Ser este o meu nome para sempre, nome que ficar de memria para todas as geraes Ex 3, Este nome divino misterioso, tal como Deus mistrio.

E, ao mesmo tempo, um nome revelado e como que a recusa dum nome. Ao revelar o seu nome, Deus revela ao mesmo tempo a sua fidelidade, que de sempre e para sempre, vlida tanto para o passado Eu sou o Deus de teu pai Ex 3, 6 , como para o futuro Eu estarei contigo Ex 3, Deus, que revela o seu nome como sendo Eu sou, revela-Se como o Deus que est sempre presente junto do seu povo para o salvar.

Perante a presena atraente e misteriosa de Deus, o homem descobre a sua pequenez. Diante da sara ardente, Moiss descala as sandlias e cobre o rosto face santidade divina 8.

Ante a glria do Deus trs vezes santo, Isaas exclama: Ai de mim, que estou perdido, pois sou um homem de lbios impuros Is 6, 5. Perante os sinais divinos realizados por Jesus.

Pedro exclama: Afasta-Te de mim, Senhor, porque eu sou um pecador Lc 5, 8. Mas porque Deus santo, pode perdoar ao homem que se descobre pecador diante d'Ele: No deixarei arder a minha indignao [ E o apstolo Joo dir tambm: Tranquilizaremos diante d'Ele, o nosso corao, se o nosso corao vier a acusar-nos. Pois Deus maior do que o nosso corao e conhece todas as coisas 1 Jo 3, Por respeito pela santidade de Deus, o povo de Israel no pronuncia o seu nome.

Na leitura da Sagrada Escritura, o nome revelado substitudo pelo ttulo divino de Senhor Adonai, em grego Kyrios. Depois do pecado de Israel, que se afastou de Deus para adorar o bezerro de ouro 9 , Deus atende a intercesso de Moiss e aceita caminhar no meio dum povo infiel, manifestando deste modo o seu amor A Moiss, que Lhe pede a graa de ver a sua glria. Deus responde: Farei passar diante de ti toda a minha bondade beleza e proclamarei diante de ti o nome de YHWH Ex 33, Moiss confessa, ento, que o Senhor um Deus de perdo O nome divino Eu sou ou Ele exprime a fidelidade de Deus, que, apesar da infidelidade do pecado dos homens e do castigo que merece, conserva a sua benevolncia em favor de milhares de pessoas Ex 34, 7.

Deus revela que rico de misericrdia Ef 2, 4 ,ao ponto de entregar o seu prprio Filho. Dando a vida para nos libertar do pecado, Jesus revelar que Ele mesmo portador do nome divino: Quando elevardes o Filho do Homem, ento sabereis que Eu sou Jo 8, No decorrer dos sculos, a f de Israel pde desenvolver e aprofundar as riquezas contidas na revelao do nome divino. Deus nico, fora d'Ele no h deuses Ele transcende o mundo e a histria.

Foi Ele que fez o cu e a terra; eles ho-de passar, mas Vs permaneceis; tal como um vestido, eles se vo gastando [ N'Ele no h variao nem sombra de mudana Tg 1, Ele Aquele que , desde sempre e para sempre; e assim, permanece sempre fiel a Si mesmo e s suas promessas.

A revelao do nome inefvel Eu sou Aquele que sou encerra, portanto, a verdade que s Deus. Foi nesse sentido que j a traduo dos Setenta e, na sua sequncia, a Tradio da Igreja. Enquanto todas as criaturas d'Ele receberam todo o ser e o ter, s Ele o seu prprio Ser, e Ele por Si mesmo tudo o que Ele. Estas duas palavras exprimem, de modo sinttico, as riquezas do nome divino. Em todas as suas obras, Deus mostra a sua benevolncia, a sua bondade, a sua graa, o seu amor; mas tambm a sua credibilidade, a sua constncia, a sua fidelidade, a sua verdade.

Hei-de louvar o vosso nome pela vossa bondade e fidelidade Sl , 2 A verdade princpio da vossa palavra, eterna toda a sentena da vossa justia Sl, Decerto, Senhor Deus, Vs que sois Deus e dizeis palavras de verdade 2 Sm 7,28 ; por isso que as promessas de Deus se cumprem sempre Deus a prpria verdade; as suas palavras no podem enganar. O princpio do pecado e da queda do homem foi uma mentira do tentador, que o levou a duvidar da palavra de Deus, da sua benevolncia e da sua fidelidade.

A verdade de Deus a sua sabedoria, que comanda toda a ordem da criao e governo do mundo S Deus que, sozinho, criou o cu e a terra 16 pode dar o conhecimento verdadeiro de todas as coisas criadas na sua relao com Ele Deus igualmente verdadeiro quando Se revela: todo o ensinamento que vem de Deus doutrina de verdade Ml 2, 6. No decorrer da sua histria, Israel pde descobrir que Deus s tinha uma razo para Se lhe ter revelado e o ter escolhido, de entre todos os povos, para ser o seu povo: o seu amor gratuito E Israel compreendeu, graas aos seus profetas, que foi tambm por amor que Deus no deixou de o salvar 20 e de lhe perdoar a sua infidelidade e os seus pecados O amor de Deus para com Israel comparado ao amor dum pai para com o seu filho Este amor mais forte que o de uma me para com os seus filhos Deus ama o seu povo, mais que um esposo a sua bem-amada 24 ; este amor vencer mesmo as piores infidelidades 25 ; e chegar ao mais precioso de todos os dons: Deus amou de tal maneira o mundo, que lhe entregou o seu Filho nico Jo 3, O amor de Deus eterno Is 54, 8 : Ainda que as montanhas se desloquem e vacilem as colinas, o meu amor no te abandonar Is 54, Amei-te com amor eterno: por isso, guardei o meu favor para contigo Jr 31, 3.

Ao enviar, na plenitude dos tempos, o seu Filho nico e o Esprito de Amor, Deus revela o seu segredo mais ntimo ": Ele prprio eternamente permuta de amor: Pai, Filho e Esprito Santo; e destinou-nos a tomar parte nessa comunho. Crer em Deus, o nico, e am-Lo com todo o nosso ser, tem consequncias imensas para toda a nossa vida:.

Como agradecerei ao Senhor tudo quanto Ele me deu? Sl , Meu Senhor e meu Deus, tira-me tudo o que me afasta de Ti. Meu Senhor e meu Deus, d-me tudo o que me aproxima de Ti. Meu Senhor e meu Deus, desapega-me de mim mesmo, para que eu me d todo a Ti Uma orao de Santa Teresa de Jesus exprime admiravelmente tal atitude:. Escuta, Israel! O Senhor; nosso Deus, o nico Senhor Dt 6, 4; Mc 12, O ser supremo tem necessariamente de ser nico, isto , sem igual. A f em Deus leva-nos a voltarmo-nos s para Ele, como a nossa primeira origem e o nosso ltimo fim, e a nada Lhe preferir ou por nada O substituir:.

Deus, ao revelar-Se, continua mistrio inefvel: Se O compreendesses, no seria Deus O Deus da nossa f revelou-Se como Aquele que : deu-Se a conhecer como cheio de misericrdia e fidelidade Ex 34, 6. O seu prprio Ser verdade e amor. Antes disso, eles respondem Creio trplice pergunta com que so interpelados a confessar a sua f no Pai, no Filho e no Esprito Santo: Fides omnium christianorum in Trinitate consistit A f de todos os cristos assenta na Trindade O mistrio da Santssima Trindade o mistrio central da f e da vida crist.

E, portanto, a fonte de todos os outros mistrios da f e a luz que os ilumina. Toda a histria da salvao no seno a histria do caminho e dos meios pelos quais o Deus verdadeiro e nico, Pai, Filho e Esprito Santo, Se revela, reconcilia consigo e Se une aos homens que se afastam do pecado Neste pargrafo se expor brevemente de que maneira foi revelado o mistrio da Santssima Trindade I , como que a Igreja formulou a doutrina da f sobre este mistrio II e, por fim, como que, pelas misses divinas do Filho e do Esprito Santo, Deus Pai realiza o seu desgnio de benevolncia de criao, redeno e santificao III.

Dios, Su existencia — Solucion tomista de las antinomias agnosticas — Pe. Garrigou Lagrange obrascatolicas. O problema de Deus — Pe. Leonel Franca obrascatolicas.

Heriberto Jone. Fides et Ratio — Orlando Fedeli. Ilha e Utopia. Boulenger obrascatolicas. O cuidado devido aos Mortos — Santo Agostinho obrascatolicas. O drama do fim dos tempos — Pe. O Homem e a Eternidade — Pe. Reginald Garrigou-Lagrange obrascatolicas. Os Padres da Igreja contra a Magia. Pascendi Dominici Gregis. Virgindade, pureza e beleza. Dignidade humana, direitos sociais e ecumenismo. Dominus Iesus I: Viva! E agora?

Como fica o Ecumenismo? Ecumenismo e cristianismo primitivo. Ecumenismo sem fundamento. Padre Zezinho: O Ecumenismo contra a Sabedoria.

Para que serve o Ecumenismo? Frei Boaventura Kloppenburg. O homem que foi quinta-feira — um pesadelo, G. Professor Orlando Fedeli. Prado Ferraz Costa. A Arte de aproveitar-se das proprias faltas — Pe. A Bondade — Pe. Frederick William Faber. A Humildade — Pe. Pedro Arnoudt. Almas Confiantes. Assim pensava Santo Afonso. Fernando Piazza. Horas Santas — Pe. Mateo Crawley-Boevey. La vida eterna y La profundidad del alma — Pe. Reginald Garrigou-Lagrange.

Luz e Calor — Pe. Manuel Bernardes Publicado no ano de 1. O Bom Combate na Alma Generosa. O Ideal da Alma Fervorosa — Mons. Importncia s oraes decoradas Catequese da piedade popular: Bblia proclamada nos sermes, encenada nas procisses, representada nas pinturas, escultura, teatro Carcter Recomendou adoutrina restaurao adaptada do Catecumenato.

Carcter interlocutores. Mas precisa ser proposto de maneira a cativar mais as pessoas, para que se possa fazer a experincia impactante da verdadeira adeso a Jesus. Iniciao vida crist mergulhar com todo meu ser no mistrio do amor de Deus. Um desejo que nunca acaba. Porque Deus sendo amor, nunca se esgota. Mstica do encontro, ajudando aos nossos interlocutores, no tanto a ouvirem e falarem sobre Deus, mas sim, a ouvirem e falarem com Deus.

OsDiscernir cristos nocomo nascem, Igreja: se fazem ILUMINAR Tertuliano No se comea a ser cristo por uma deciso Ostica processos de Iniciao ou por uma supe grande ideia, umaencontro mas pelo Igreja em com umpermanente estado acontecimento, decom uma Pessoa, misso, que d no dedicada novo horizonte apenas vida, emas ao anncio, comtambm isso, uma busca de orientao definitiva.

Papa Bento XVI caminhos que consolidem a vida crist. IVC com inspirao catecumenal Iniciao: mergulho pessoal no mistrio de Deus Caminho progressivo, por meio de etapas, ritos e de ensinamentos, que visam realizar uma transformao religiosa e social no iniciado Ingresso numa vida nova, a uma mudana existencial que o iniciado possa sentir que tem uma nova identidade, um compromisso especial.

A pessoa precisa ser iniciada por meio de experincias que a toquem profundamente e a impulsionem sua converso. Levar uma experincia de Deus.

Carter fortemente simblico. O smbolo aponta para o algo mais, mexe com sentimentos e fortalece compromissos. Atravs do simblico, pessoas se sentem comprometidas com o mistrio profundo das coisas, das pessoas e do prprio Deus.

RITO Mexe com os sentimentos, envolve na comunidade e se repete fortalecendo o que j foi assumido. Iniciao: mergulho pessoal no mistrio de Cristo. Tudo o que precisamos conhecer de Deus e seu mistrio encontramos na pessoa de Jesus.

Nele se faz presente o mistrio do Reino de Deus. Ele est a servio desse Reino. Vida nova, participao na natureza divina. Que leve a uma maior converso a JC, forme discpulos, renove a comunidade eclesial, e suscite missionrios que testemunhem sua f na sociedade.

Urgente um segundo primeiro anncio. Querigma, o anncio principal, ao qual se tem de voltar continuamente. Quem apresenta o Querigma?

Cristos que fizeram a experincia do encontro com o Senhor e se tornaram discpulos missionrios. Introdutores e catequistas devem conhecer, com antecedncia a vida de quem procura a f Critrios para os Subsdios: Fidelidade ao Creio Centralidade da Palavra de Deus com a Leitura Orante Insero na comunidade Integrao com a liturgia da comunidade e a interao f e vida por meio das celebraes Metodologia interativa, com vivncias e troca de experincias, evitando o estilo escolar.

As celebraes dominicais, com os textos bblicos do tempo pascal, so o lugar primordial da mistagogia.



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